Antonio Clériston de Andrade, caruaruense da safra de 1953, descobriu cedo sua paixão pelas artes. Aos cinco anos, sua mãe, dona Nilta, mantinha-o comportado no culto com papéis e lápis de cor para rabiscar. Talento que perdurou ao longo de sua vida escolar, onde se destacava, já que não era bom em matemática nem em atletismo.

Em 1976, se profissionalizou como artista visual, publicando charges regularmente nos principais jornais de Pernambuco até 2012. Em 2016, ele publicou o livro "MINHA VERDADE SOBRE A DITADURA EM 64 CHARGES – CADA QUAL COM SUA CRÔNICA", uma obra apoiada pelo Funcultura que reunia suas charges de 1976 a 1986, acompanhadas de crônicas que refletiam sobre aquela época. Durante essa década, ele foi premiado em dois Salões Nacionais de Humor Gráfico.

Clériston participou da Brigada Portinari com vários artistas plásticos, sem imaginar que hoje seria um deles. Nos anos 1980 fundou com outros jornalistas o jornal alternativo O Rei da Notícia, onde foi editor, escreveu, publicou Histórias em Quadrinhos e entrevistou personalidades como Lula e José Cláudio. Deste guarda a influência do traço ágil, como o de um facão debastando a palha da cana.

Como multiartista, sempre teve um pé na música. Liderou bandas e gravou suas composições em fitas, CDs e Plataformas. Participou do primeiro Abril pro Rock e tocou por meses na lendária Soparia do Pina.

Na vida acadêmica, lecionanou por 25 anos em Cursos de Comunicação da Unicap, UFPE e Unifavip/Caruaru. Fez mestrado em Comunicação e doutoramento em Linguística na UFPE. Como Professor, usava as principais Escolas e Movimentos da Arte Moderna como norte para explicar os fundamentos do Design da Comunicação Impressa.

Fez sua primeira individual na Galeria MauMau em Abril de 2023. Em seguida, participa ativanente de Coletivos de artistas e de pinturas alla prima.

Clériston pinta quase todos os dias e descobriu que era um artista expressionista ainda em 1982, quando admitiu que gostava mais de seus rascunhos que dos desenhos publicados na Imprensa.

Conheça algumas de suas obras: